Estava ali seguro, na minha mão, mas bem seguro mesmo! Nem muito apertado nem muito solto. A força com que o segurava era a exacta, a precisão digna de alguém que realmente percebe do assunto.
Não tirei engenharia, nem nunca fui muito hábil com as mãos, no entanto ali tudo batia certo. Eu segurava-o, ele estava seguro, e eu sorria como quem só tem um elevado grau de confiança sorri.
A felicidade era avassaladora e cheguei mesmo a dar asas à distracção para olhar para outras paisagens, para pensar em outros assuntos e mesmo para caminhar por outros caminhos.
De duas mãos em concha passei só para uma. Afinal o hábito e o tempo conseguem transformar uma tarefa à partida difícil em algo com que lidamos, diria até, com uma certa leviandade.
Estava feliz! Sentia-me completa!
Ao andar por outras paragens, ao ver outros olhares, ao deixar-me inundar por outros pensamentos, ao poder esticar o braço para outras verdades sentia-me livre e ao mesmo tempo confiante, porque ele estava ali seguro!
Sem que eu percebesse como caiu...
Agora tenho os pedaços dispersos à minha frente
sem saber como os colar
sem saber mesmo se ainda os quero unir!
Fotografia: Glass and wire by David J. Nightingale
(Todos os Direitos reservados)
Não tirei engenharia, nem nunca fui muito hábil com as mãos, no entanto ali tudo batia certo. Eu segurava-o, ele estava seguro, e eu sorria como quem só tem um elevado grau de confiança sorri.
A felicidade era avassaladora e cheguei mesmo a dar asas à distracção para olhar para outras paisagens, para pensar em outros assuntos e mesmo para caminhar por outros caminhos.
De duas mãos em concha passei só para uma. Afinal o hábito e o tempo conseguem transformar uma tarefa à partida difícil em algo com que lidamos, diria até, com uma certa leviandade.
Estava feliz! Sentia-me completa!
Ao andar por outras paragens, ao ver outros olhares, ao deixar-me inundar por outros pensamentos, ao poder esticar o braço para outras verdades sentia-me livre e ao mesmo tempo confiante, porque ele estava ali seguro!
Sem que eu percebesse como caiu...
Agora tenho os pedaços dispersos à minha frente
sem saber como os colar
sem saber mesmo se ainda os quero unir!
Fotografia: Glass and wire by David J. Nightingale
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3 comentários:
Nunca se deve dar nada (nem ninguém) como certo...
Há pedaços que não querem ser colados...porque se calhar nem eram tão unidos assim....
Têm os dois a razão toda ;)
Jokinhas
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