sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Lágrimas

"Como é bom o choro, as lágrimas do choro têm uma motriz que nenhum rio tem - arrancam, levam, conduzem os sedimentos, pousam-nos nos locais exactos, colocam-nos nas margens da consciência, no pegos da memória, criam sebes, conduzem o caudal para sítios que as lágrimas querem, que as lágrimas sabem."


in, Lídia Jorge, A Costa dos murmúrios

Acredito que seja por isto que por vezes nos faça falta chorar, convulsamente, sem motivo aparente. Chorar por chorar. Rios de lágrimas com a força de marés, com a vontade de mil homens, com a força indízivel e impenetrável daquilo que ainda não foi inventado nem foi detido. Lágrimas que ajudam a lavar a memória, a erguer novas protecções, a originar novas orientações.

Acredito que seja por isto...


Voltar ou não voltar...

Quando regressei de viagem, e em conversa com amigo, ele estava a comentar comigo que o pior de ir viajar era ter que voltar.
Eu, sempre pronta a ajudá-lo, corrigi-o logo: Não C., o melhor de partir é chegar! É assim, mais ou menos, que se diz.
Mas não, ele estava mesmo a querer dizer o que disse. Quando ele viaja o que lhe custa é voltar. E por momentos fiquei um bocado triste pelo meu amigo, porque para mim o melhor da partida é mesmo a chegada e isso é bom, é ter para quem e para o que voltar. Estou fora mas tenho aquela saudade, que nem uma moínha, da minha casa, dos meus amigos, da minha família, dos meus amores. Saudades da minha vida.
É bom partir, é bom viajar, é bom e nunca cansa conhecer novas pessoas, novos sítios, novas culturas... mas para mim o melhor da viagem é mesmo a chegada!

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Vou...



... só ali até à Suécia e venho já, sim?

Então pronto... ficamos assim!! :)


sexta-feira, 21 de outubro de 2011

"É como diz o outro"... e eu digo que....



Fomos ver ontem....

ele adormeceu....

eu quase que caminhei para lá....

Não que estivesse com as espectactivas altas (a bem da verdade não tinha nenhumas) mas achei medíocre e repleto da piada fácil.

Não gostei...

Foi pena!

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Há que saber agradecer!

Há conversas que nos sabem pela vida.
E há pessoas que são mesmo sensatas.
E ver as coisas de fora traz de facto uma nova forma de olhar, de treinar o olhar, de mudar o ouvido, de o tornar mais tolerante.
Porque há dias em que entramos em pânico, em que tudo parece negro, em que parece que o fim está próximo, em que nos apetece desistir.
E depois há pessoas que percebem. Que aparecem sem fazer convite. Que nos dão os ombros para encostarmos a cabeça, que nos dão na cabeça, que nos tiram o peso de cima, que nos ajudam a apurar o olho, a apurar o ouvido, a apurar a vida.
Desdramatizar.
Focar no que interessa.
Tornar normal.
Não és a única... já me aconteceu...
Sê mais compreensiva.
Sê tu e mais umas cinco ou seis.
Aprende a somar e multiplica-te mas não deixes de ser uma unidade.
Sê tu.

Há conversas que nos pesam... porque ficam ali semeadas no nosso cérebro, a germinar, a aumentar, a amadurecer.
E depois vem o dia em que acordamos e em que as palavras fazem tanto sentido que deixamos de pensar nelas e começamos a a vivê-las simplesmente.

Há conversas que nos sabem pela vida e que nos ajudam a vivê-la com mais ligeireza!

Obrigada amiga!

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Sou boa nestas coisas

Estar a ouvir a tsf e começar um relato de futebol com a equipa do Porto para a Champions e eu só me dar conta uns quinze minutos depois...

Cada vez me convenço mais que meto os phones nos ouvidos não para ouvir as notícias mas sim para não ter que ouvir os meus colegas...

(e tenho que comprar uns phones melhores porque mesmo assim ainda os continuo a ouvir :S).

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Apagar

Hoje queria que as palavras me aparecessem de surpresa, me fizessem um assalto, se aliassem ao meu estado de espírito, me deixassem tirar o peso que teima em alojar-se nas costas e ajudassem a tirar o vazio que vai cá dentro.
(tira-se o vazio e fica o quê?)
Hoje queria poder voltar atrás, queria ser quem não sou, não ser quem teimo em ser. Ser outra qualquer coisa, outro alguém, olhar-me ao espelho e não me reconher.
(e se nos tiram a pele, se nos tiram o que somos, como saberemos como nos encontrar?)
Hoje queria qualquer coisa que ainda não descobri muito bem o que é. Acima de tudo queria as palavras. Escrever algo belo e sentido. Escrever em poema ou em prosa. Mas que algo belo saísse dos meus dedos para sentir que há ainda algo de belo dentro de mim.
Hoje queria as palavras mágicas, as salvadoras.
(se as houvesse não estaria já o mundo inteiro curado? porquê procurar por algo que não existe?)
Hoje queria enterrar a cabeça na areia, todo o meu corpo, todas as memórias, todos os desejos.
Porque há dias assim em que desejamos um novo passado que proporcione um futuro diferente.
(ou porque eu sou assim. se calhar mais ninguém é).
Hoje queria acima de tudo coerência, sentido, um pé a seguir ao outro, frases que tivesem significado, palavras que fizessem sentido.
Queria poder pegar no telefone e falar, mesmo que sem sentido. Ter alguém do outro lado que ouvisse, que me desse sábios conselhos, (mais uma vez) palavras sábias.
(e posso fazê-lo, então porque não faço?)
Hoje queria apagar.
Sim... apagar.
Deixar tudo em branco.
Apagar.
Recomeçar.
Fazer tudo de novo.
Esquecer-me.
Não mais lembrar.

Hoje o que queria mesmo era conseguir voltar a escrever com a força que em tempos tive. Acabar de escrever e perguntar-me "quem escreveu isto?", e depois da pergunta feita pensar "fui e está bonito... um dia hei-de escrever um livro".
Se pudesse telefonava às minhas palavras para que elas me podessem dizer o que eu preciso agora de escrever.

domingo, 11 de setembro de 2011

...

Por vezes já disse que era algo similar a um parto.
Outras que ultrapassam a vontade própria.
Agora acredito que são espinhos, são facas... não! Espinhos! definitivamente espinhos.
São espinhos que nos saem do corpo, nos rompem as veias, rasgam a pele e vêem ao cimo. Saem. Com alívio. Sem alívio. Com dor. Sem dor.
As palavras têm disto. Têm esta coisa que nos impele, que nos obriga a escrever apenas para não rebentar. Apenas para não rebentarmos. Para não serem espinhos dentro de um corpo aparentemente bom. Aparentemente saudável.
São espinhos. Pontiagudos. Afiados.
Houve alturas em que pensei que era triste não me leres. Hoje agradeço-te por isso. Não me leres é eu não ter que escrever a pensar que o farás. Afinal lês-me todos os dias, não precisas das palavras que escrevo. E hoje é um alívio pensar que não lês. É um alívio dizer que é um alívio. Que acabou. Que podes voltar a respirar. A sorrir. Até mesmo a discutir, mas desta vez pelos motivos certos. O cansaço tomou conta de ti e eu ao teu lado estava exausta. E pedias-me para sorrir e eu tentei. Tantas vezes tentei e tantas vezes não consegui. Porque o teu cansaço era o meu cansaço, porque a tua exasperação era também a minha, porque os obstáculos que se erguiam perante ti duplicavam quando chegavam a mim.
Egoísmo?
Talvez.
Mas todos vivemos os momentos com o nosso corpo, com a nossa cabeça, com os nossos sentimentos. Não os posso negar. Tentei ser forte. Juro que tentei. Tentei sorrir. Juro que tentei. Mas a morte é forte demais, má demais. É sarcástica e deixa-nos de rastos. Não quando chega. Mas todo o caminho que leva, todo o tempo que demora, todos os que arrasta atrás de si. Imponente.
Dizem que a vida consegue ser madrasta. Eu iria mais além e diria que consegue mesmo ser filha da puta. Consegue. De tanta injustiça. De ser tão incoerente. De ser tão aleatória.
Não a morte.
Mas o sofrimento.
Não o de quem vai mas o de quem fica.
Não por ter ido.
Mas pelo processo.
Egoísta?
Que se de dane. Chamem-me de egoísta.
Chamem!
Mas quando o fizerem façam-no na minha cara.
Não se limitem a mandar boquinhas quando chego. Meninas armadas em madres teresas mas que depois não os têm no sítio.
Pessoazinhas que se julgam o máximo.
Chamem mesmo na minha cara.
A olhar-me nos olhos.
E eu aí respondo-vos à letra.
Com todas as letras.
Com todas as palvras.
Com todos os espinhos.
Sim amor, ainda bem que não me lês aqui e que temos todos os dias para o fazer cara a cara.
Porque hoje eu só posso dizer que estou aliviada e feliz por ter chegado finalmente a casa.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Apesar...

... de gostar imenso de António Lobo Antunes ando há uns anos a ganhar fôlego para pegar nos últimos livros dele. tenho-os todos. religiosamente guardados. há espera, quem sabe, de fé. à espera que lhes pegue, lhes dê colo, os acaricie.
Sinto que o tempo certo está a chegar.

E se acreditasse em sinais acreditaria que este é mesmo o momento depois de ter 'tropeçado', num sítio que gosto muito, nesta bela citação:

"De vez em quando faço uma revisões interiores e lembro-me mal dos anos que passaram: tenho a certeza que só esta manhã comecei a viver e nada sei do mundo, que sou demasiado recente, que o meu tempo não começou ainda. Reparo nas coisas espantado, sem as conhecer, e duvido sinceramente que me pertençam."
.
Variações sobre o silêncio, António Lobo Antunes, Quarto livro de crónicas


E acontece-me sempre isto...
é estranho porque continuo sem compreender porque é que o António escolheu os meus pensamentos e os meus estados de espírito para escrever...
continua a espantar-me...

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

E volto das 'férias'...




... a sentir-me ainda mais cansada.

Mas é possível?
(pergunta idiota... já disse que estava logo é possível).

Mas e porquê?
Porquê??...



terça-feira, 16 de agosto de 2011

Porque sinto-me demasiado cansada para escrever...



cansaço

s. m.
1. Fadiga; fraqueza.
2. [Brasil] Hidropisia.

fadiga
s. f.
1. Cansaço que resulta de um esforço qualquer.
2. Trabalho árduo.


i.e.,

a precisar de férias....


quinta-feira, 28 de julho de 2011

Perdidos no Baú

Encontrei por acaso a lista para a minha casa quando comecei a morar sozinha.
A lista é de julho de 2002 e 'exigia' como requerimentos mínimos de habitabilidade o seguinte:

Lista:

· Pratos 4

· Copos

· Talheres 4

· Talheres grandes

· Tachos/panelas 4

· Frigideiras 4

· Toalhas mesa

· Panos cozinha

· Vassoura / pá

· Balde / esfregona

· Panos de limpeza / pó / esfregões

· Alguidar médio

· Frigorífico

· Máquina de lavar roupa

· Varinha mágica

· Aspirador

· Lençóis (2x)

· Cobertores (2x)

· Toalhas casa-de-banho (2x)


E isto chegava...

Adivinha-me o pensamento!

É como se fosse um murro no estômago, uma faca nas costas, uma chapada de luva branca. Não faltam frases. Não faltam ditados populares de tão populares que estas acções são. Não faltam palavras. Falta a compreensão.
É como se nos tirassem o tapete debaixo dos pés e ficássemos a pairar, em suspenso, sem céu nem terra, sem ter por onde voar, sem saber voar e sem ter onde cair (a dúvida se ainda se consegue levantar).
É como se nos tirassem a confiança. Tiram-nos a deles e com ela vai a nossa.
E fica-se parada no meio do que está acima e do que fica abaixo.
Fica-se ali. Sem mais.
Racionaliza. Racionaliza. Racionaliza.

Pensamentos positivos. Pensamentos negativos. Pessoas que não se querem preocupar. Vidas que mudam porque as pessoas não querem assumir o seu papel.
'Eu dirijo mas sem dirigir!', 'eu faço sem fazer!'.
Adivinha-me o pensamento para eu poder parar de pensar! Fazes isso?
E eu sem vocação para ler a mente. Atenta. À espera.
Adivinha as minhas necessidades e antecipa-te a elas!
Faz mesmo que não saibas se é isso que tens de fazer!
E eu ainda em suspenso, ainda no meio.
E eu ainda sem saber se subo ou se caio.
Já caí antes. A queda não me preocupa. São os momentos até à queda que me dão vertigens. Que me fazem ter suores frios. Que me fazem sentir a ferver.
A raiva. A incompreensão. A falta de paciência.
Mas sê paciente! Tens que ter paciência!
Adivinha-me o pensamento para eu poder parar de pensar. Faz isso!

E eu a obedecer mas sem, ainda, conseguir ler a mente que dá ordens e que mete pontos de exclamação nos finais das frases. Que mete pontos de exclamação na voz.
E eles como eu a pairar no ar. Entre o que fica acima e o que está em baixo.

No meio. Eu.
Nem acima nem abaixo.
No meio.
A tentar adivinhar o pensamento.
À procura de chão para pousar os pés.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

À espera

E
E sempre gostou de começar as frases por "e" como se antes houvesse um mundo inteiro de palavras a anteceder, mantas tecidas de sentidos, contextos, personagens, histórias...
E
E sempre gostou de ver nesta letra uma continuação do antes que se perpetua para o depois, uma alteração continuada, uma continuação alterada
E
E sempre gostou de pensar que os textos nunca foram seus, que as palavras chegavam do nada, que o espaço aguardava as suas palavras, que o mundo (o seu pelo menos) se encontrava em suspenso, apenas à espera
E
E sempre gostou de sentir que atrás há caminho e que não se encontra sozinha a caminhá-lo, que há percursos que sabem melhor quando feitos de olhos fechados apenas com o apoio de um (a)braço amigo, apenas com a sensação de pura confiança
E
E deixa-se ficar por aqui... assim... em suspenso... com um E na ponta da língua, com um E em perpétuo movimento, em início de acção...

E depois queixam-se

Uma pessoa a precisar, porque já há muito que não vai lá e qual é a resposta quando tentamos marcar o 'encontro'?....
... Só no fim de Agosto...

Então está bem... eu espero!

Mas depois não se queixem...

segunda-feira, 18 de julho de 2011

O silêncio que custa ouvir

Na festa de anos do sobrinho mais novo o divertimento da mãe, que ao contrário do neto já tinha idade para ter juízo, massacra a mana porque tem que arranjar o armário descaído da cozinha ao ponto de eu mandá-la parar. Eu que não sou nada disso. Eu que não falo assim com a minha mãe. Eu que a fumar um cigarro já não a conseguia ouvir mais. Eu a dizer "oh mãe, para de massacrar a minha irmã". A minha irmã que é filha dela. As mães têm o direito de massacrar. Eu já não aguentava. A minha mana é uma boa filha. Aguenta. Tem paciência. Eu não. Sou diferente. Não tenho. Devia. Mas não tenho. Depois à volta da mesa massacra-me a mim. Porque estou gorda. Porque sempre fui gorda. Sempre fui a mais cheia da família. Que já era cheiinha na adolescência. Eu que na adolescência tinha a alcunha de 'tábua', lisa à frente e lisa atrás. Magra. Afinal agora gorda. Afinal agora sempre fui. Mudam-se as conversas para os partos e eu que nasci na cama do quarto. Que nem dei tempo de ir para a sala de partos. Que nasci ao fim do dia. Eu que nasci de manhã. Que tenho uma certidão de nascimento que diz isso. Que fui trocada por uma outra irmã. Até compreendo. Ninguém é obrigado a saber a hora e o peso de todos os filhos. Já e uma sorte quando acertam na data de aniversário e na idade. Mas eu sem paciência. Eu que não sou a mana. Que não sou assim. Que não ando assim. Sem paciência. Volta a questão do peso. Do que há a mais. E que como mal. E que tenho que comer melhor. Eu que como bem. Eu que como muitas verduras. Eu sem paciência. Eu a levantar-me da mesa e ir para o sofá. Porque sem paciência. Depois porque temos que fazer a reciclagem da mana. Eu sem dizer palavra. Eu mesmo assim a ouvir. Eu sem paciência. Sem pinga de paciência. A viagem de carro para casa um suplício. Uma dor no estômago. Sangue frio a correr-me pelas veias. A cabeça que me dói. O silêncio que custa a ouvir. E eu sem paciência.
E depois a vida. Madrasta. Maldita. Cruel. Que nos vai tirando aqueles de quem gostamos. Que vai pedindo emprestado aqueles de quem os nossos gostam. E eu sem saber o que fazer. Impotente. Sem reacção. A perder a noção do que é certo. A ganhar noção de que há cada vez mais o errado. E mesmo assim sem paciência. E depois a morte. Que espreita curiosa. Que anda sempre a espreitar. Que nem uma sombra num dia de verão. A pairar. E eu a começar a ficar sem forças. Sem reacção. Sem paciência.
Sem palavras.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Dedicação é...


... chegar a casa à meia-noite e meia, cheia de sono e super cansada (mas de barriga cheia de boa comida e de excelente companhia) e ainda ir carinhosamente tratar da minha 'hortinha' e tentar ressuscitar um já meio-morto manjericão.


Ser compensada pela dedicação é...

... acordar de manhã com sono e quase a chorar porque não quero ir trabalhar e ver que as minhas plantinhas aromáticas estão com uma nova vitalidade!!! :)


Nota mental: Regá-las* todos os dias! Regá-las todos os dias! Regá-las todos os dias! Regá-las todos os dias! Regá-las todos os dias! Regá-las todos os dias! Regá-las todos os dias! Regá-las todos os dias!


* regá-las pelo vaso. e sem ser água em exagero!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

terça-feira, 12 de julho de 2011

Voltada de férias

Nada como fazer uns melhoramentos à casinha.
Desta vez foi a vez da cozinha com uma nova bancada que permite mais arrumação:



e a minha 'horta' pessoal :)


Da esquerda para a direita: mangericão; cebolinho e salsa

Pequenas coisas que me fazem mais feliz!

Nota mental: Não deixar morrer a horta! Não deixar morrer a horta! Não deixar morrer a horta! Não deixar morrer a horta! Não deixar morrer a horta! Não deixar morrer a horta!

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Só uma informaçãozinha antes de ir de férias....

Como os que me conhecem pessoalmente sabem eu não só choro a rir como ronco (lado positivo: sou capaz de fazer três coisas ao mesmo tempo. Polivalência meus amigos não é para todos!!! Por exemplo - e sei que me estou a desviar do motivo do meu post - conheço muito boa gente que quando abre a boca para emitir sons não consegue dizer coisas com sentido ao mesmo tempo... como vêem não é assim tão simples).

Voltando ao ronco: ronco a rir. E eu sei que não é sexy. Mas quando me riu muito, mesmo daquelas gargalhadas que assustam o pessoal distraído de serem tão altas (lado negativo: faço imensa poluição sonora. Lado positivo: não há!), ainda ronco no final. E quando ronco ainda me riu mais (neste caso de mim mesma por ser incapaz de não roncar) o que faz com que os roncos aumentem (uma espécie de pescadinha-na-boca mas sem estar na boca, porque se estivesse eu não me conseguir rir e muito menos roncar.... hummm a desviar-me outra vez não é???).

Agora a parte da informação: descobri porque ronco!
É verdade! Há uma explicação!!

Como sabem fui operada recentemente às costas e desde que me lembro como gente sempre sofri das costas.
Ora, a minha comadre embora sofra das costas nunca esteve com uma dor de costas tão grande como a de hoje. E heis o meu espanto quando ouço a gaja a rir. Pior, a roncar a rir!
É verdade.... a causa do meu roncar era por ser uma defesa do corpo para proteger as costas do subir e baixar dos pulmões e o seu efeito na zona doente das costas.

Portanto a conclusão é:
Choro e ronco a rir porque sou polivalente.
As minhas gargalhadas poderiam ser o sinal de alarme de um quartel de bombeiros.
E ronco quando riu porque tenho problemas de costas.

Como entretanto fui operada é coisa para não roncar mais!!! :)

E era só isto que vos queria dizer... isto e que vou de férias... pronto! Até ao meu regresso ;)

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Tenho a convicta opinião de que...

... ler um livro de que se gosta é ser-se um bocado mais feliz a cada nova página que se vira!

sexta-feira, 3 de junho de 2011

...

Assim de repente fico sem saber o que te dizer. Ouço-te com a surdez que me inunda. As tuas palavras são já pequenas pedras que eu vou tirando pacientemente dos meus sapatos, que pacientemente vou retirando debaixo da pele dos meus pés.
Assim de repente fico sem saber o que pensar. Vejo-me em acções que não são praticadas por mim, com a sensação de que toda a vida fui actriz, e que toda a vida não passa de um filme. Filme de mau gosto, de mau sabor, de mau cheiro. Carnaval sem máscaras, festas sem risadas, copos sem conteúdos, amigos sem coração, corações sem pessoas. Um amontoado de coisas, um amontoado de peças de puzzles distintos, de jogos perdidos, de ânsias perdidas.
Assim de repente fico sem saber o que já soube em tempos. Que as coisas têm início e que depois rezamos aos deuses para estarmos cá quando chegar o fim. Que nem tudo é o que se quer, que a vida é injusta e que a justiça é um termo vago sem copo... sendo um copo é-o sem conteúdo, sendo líquido evapora-se, sendo sólido perde-se.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Está quase....

Sim as férias também... estão quase mas eu estava mesmo era a falar disto:

este já cá cantam :D



Ficam a faltar estes ;)

terça-feira, 24 de maio de 2011

Desesperadamente

a precisar de férias a precisar de férias a precisar de férias a precisar de férias a precisar de férias a precisar de férias a precisar de férias a precisar de férias a precisar de férias a precisar de férias a precisar de férias a precisar de férias a precisar de férias a precisar de férias a precisar de férias a precisar de férias a precisar de férias a precisar de férias a precisar de férias a precisar de férias a precisar de férias a precisar de férias a precisar de férias a precisar de férias a precisar de fériasa precisar de férias a precisar de férias a precisar de férias a precisar de férias a precisar de férias a precisar de férias a precisar de férias a precisar de férias a precisar de férias a precisar de férias a precisar de férias a precisar de férias a precisar de férias a precisar de férias a precisar de férias a precisar de férias a precisar de férias a precisar de férias a precisar de férias a precisar de férias a precisar de férias

e de uns ténis/sapatos novos...

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Mesmo a precisar...

... de ir falar um 'cadinho com a Psiquiatra...

Mas só porque tenho a certeza que está cheiinha de saudadinhas minhas!!!

terça-feira, 10 de maio de 2011

Essas é que são essas!


Posso ter errado muito
e errei!
porque faz parte, porque assim se aprende, porque caí muitas vezes para perceber que também me consigo levantar porque sim.
Simplesmente porque sim!
Posso arrepender-me de muita coisa
como me arrependo
e não digo que me arrependo só do que não fiz, das pessoas que não conheci e dos saltos que não dei. Também, mas não só. Também me arrependo de coisas que fiz, de situações pelas quais passei, de palavras que disse (e das que não disse também). Não sou hipócrita. Arrependo-me de muitas coisas e errei numa outra série delas.
Ninguém é perfeito e eu não sou exemplo para ninguém.

Mas se há coisa que nunca fiz foi amar por estar só.

Sempre achei que me devia a mim própria isso!

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Mudança dos tempos


Na minha caixa de Spam já pouco recebo mensagens a perguntarem-me se quero 'aumentar o meu pénis'.... agora perguntam-me se quero aumentar as minhas finanças...

É a crise...

quinta-feira, 5 de maio de 2011

O Tempo passa

E vai passando sem pedir licença e sem nos deixar guardar as horas preciosas em local fresco e arejado para durarem mais tempo.
Desde que aqui escrevi pela última vez já muita coisa passou por mim e eu já passei por muito.
A casa continuou desarrumada durante muito tempo... Livros acumulados, roupa por passar, a mobília à espera de mudar de lugar, outra mobília em fila à espera para entrar. Roupa que saía porta fora, não por estar fora de moda, mas porque estava fora de número, e outros números e outras peças à espera de entrarem.
Pelo meio uma operação de urgência à minha querida hérnia que decidiu rebentar e não me dar descanso. Dias difíceis, noites sem dormir, idas de urgência para o Hospital, lágrimas de dor, muita dor, muitas lágrimas. Por fim as melhoras e depois de ver um especialista a dolorosa... as palavras transformadas em facas "tem que ser operada. de urgência!". E de repente sentem-se as horas a fugir, a querer que elas fujam mais para acabar de uma vez com a dor, a querer que elas congelem porque há sempre o medo, há sempre o receio.
Primeira coisa que faço quando acordo da anestesia geral... mexer os dedinhos dos pés. Tudo está bem.
Quase um mês depois sinto-me como nova, sinto-me bem.
A casa agora já com a nova mobília, as roupas já arrumadas,a certeza de que a partir de agora tudo vai correr bem.
Depois da correria, das emoções, das arrumações a calmaria chega por fim. A vontade de passear, de ir ver, de ir ouvir, de sentir o sol e até de sentir a chuva, de estar com os amigos, de ler... saudades de ler um livro que me encha as medidas, que me faça chorar e rir, que me faça sonhar.
Depois da correria a vontade de escrever.
Aos poucos as saudades de mim, de um eu que está aos poucos a re-ocupar o seu lugar, aos poucos a tomar posse do seu corpo e da sua casa sem se sentir presa por eles.
O tempo passa... por vezes rápido demais, por vezes demasiado lento. Temos que o aproveitar o melhor que pudermos porque com o FMI nem sabemos se até isso nos vão tirar.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

E no meio do caos...

Ando com a casa de pantanas. As coisas fora do sítio. Algumas empacotadas para sair, outras em fila de espera para entrar. A televisão pousada em cima da mesa (alta) do computador. Os pés sem sítio para pousarem, os sacos acumulados no quarto.
As ideias sempre a irem ter ao mesmo sítio, centradas em arranjar uma nova maneira para optimizar espaço, uma maneira diferente de arrumar isto ou aquilo.
Deitar fora, encher saco, despejar saco.
Tanta tralha que eu tinha em casa.
Agora tenho uma despensa semi-vazia e muito arrumada.
Uns armários da cozinha com muito mais coisas e muito mais arrumados.
Com a casa em geral num desatino...
a desatinar já com a desarrumação...
mas tão feliz!!!! :)

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Tenho cá vindo tão poucas vezes...

... que tive que vir aqui para me lembrar qual tinha sido a última baboseira que tinha partilhado....

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Há dias assim...


Hoje fui a Évora.
A Amiga fazia anos e eu fui a Évora.
E foi um dia excelente. Quando gostamos dos amigos os dias são sempre excelentes.
Mas agora estou mal-disposta.
Não sei se foi da comida (ou do excesso dela).
Mas agora estou mal-disposta.
Não sei se foi por ter adormecido no carro a caminho de Lisboa.
Mas agora estou mal-disposta.
Não sei se foi por ter aberto a caixa de email quando cheguei a casa.
Mas agora estou mal-disposta.
Não sei se foi por haver coisas que me dão verdadeiramente a volta à tripa (desculpem o preciosismo desta expressão... pérolas!!!).
Mas agora estou mal-disposta.
E como dizem que "Quem canta seus males espanta" vou agora a correr para o ensaio.
E enquanto lá estou espero espantar a minha má-disposição.
E já agora os meus males.
Mas mesmo bom era conseguir espantar os males de certas pessoas.
É que andam mesmo a fazer-me ficar mal disposta...
(para não recair nessa expressão bonita de "dar-me voltas à tripa").



segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

To do list

Este fim-de-semana foi muito produtivo:

- acordei tarde
- fiquei a anhar no sofá
- cumpri o dever cívico
- recebi amiga para lanche mesmo bom
- descobri que já pouco ou nada me lembro do curso que tirei
- descobri que o País já não se deve lembrar do que é o dever cívico
- fiz doce de maça
- fiz presente para a amiga
- e esqueci-me que hoje é segunda-feira e voltei a acordar tarde

E hoje disseram-me que é o dia mais deprimente do ano e deve ser por isso que hoje sente que não está a conseguir comunicar com o resto do mundo!

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

A ser verdade estou lixada...

"Íman no frigorífico

Pesquisadores da Universidade de Princeton descobriram uma coisa terrível. Durante vários meses foram alimentando dois grupos de ratos, um grupo com os alimentos armazenados num frigorífico, e a outra com os alimentos armazenados no frigorífico, mas com vários ímans decorativos na porta. O objectivo do estudo foi o de ver como eles afectam a radiação electromagnética nos alimentos. Surpreendentemente, após rigorosos estudos clínicos concluíram que o grupo de ratos que comeram alimentos irradiados pelos ímans foi 87% maior possibilidade
de contrair cancro."

pois.... :S

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Queria muito...

Ter esta:



E esta:


E mais uma série de coisas desta loja!

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

E como o Ano é Novo

E como não tenho escrito nada, deixo-vos aqui algo que escrevi para (a fita de finalista de) uma amiga.
Deixo-vos um bocado de amizade, daquela pura, honesta, desinteressada, daquela que nos faz rir e nos faz chorar, daquela que por vezes nos chateia e que mesmo assim não arreda.

E paro no Verde.
No verde das folhas que já sabes de cor
no verde da natureza que te cativa
no verde da esperança
no verde desta tua Fita.
E paro no Verde com a esperança que saia a escrita
que saia a bendita
que venha a imaginação
que venha a inspiração
e que eu consiga escrever quiçá mesmo a coisa mais bonita
em prova ou em poesia
que consiga fazer-me valer das palavras
e com elas fazer pinturas
e com elas contar as histórias
e com elas fazer-te rir ou chorar
fazer-te mesmo corar
fazer-te sentir feliz
só com o que de ti se diz!
E paro no Verde
quando devia arrancar a toda a velocidade
e falar-te da bondade
mas também da teimosia
falar-te da tristeza
e amiúde da alegria
Falar-te dos sorrisos e das caretas
falar-te dos passeios e das férias
das tardes de sol e do cheiro a mar
dos assados feitos a cantar
das saladas partilhadas e das minis geladas
Falar-te dos jantares
dos a sós e dos povoados
das músicas cantadas
das letras decoradas
e das palavras sentidas
E paro no Verde
quando deveria ser fluído
um texto sentido mas contínuo
um reflexo da nossa amizade
um reflexo da tua genialidade
Quando os sinónimos deveriam aparecer
sem pedir
E deixo-me contagiar pelo Verde
porque mesmo que as palavras perfeitas acabem por não chegar
eu vou fazer como na música
e mostrar-te apenas o meu olhar...


Despeço-me com amizade :D
Até já...
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