quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Empréstimo

Um dia pediste-me as minhas palavras, os meus textos e os meus contextos, as minhas reticências e as minhas vírgulas. Pediste com o ar dócil de quem mais nada quer na vida que te emprestasse por breves momentos os meus pontos de exclamação e que partilhasse contigo os meus pontos de interrogação.
Entreguei-te as palavras e os espaços entre elas, os significados e os silêncios repletos de palavras ainda não escritas mas já sentidas.
E tu recebeste-as de braços abertos...
apenas para depois as deixares de lado
para nunca lhes dares atenção
para as deixares sem voz e sem razão
para as deixares fora de sentido, fora do texto, fora do tempo quase em contra-mão
Um dia pediste-me as minhas palavras, mas se as voltasses a pedir teria que te responder que Não!
As palavras são para ser lidas e quando partilhadas há que perceber que valem uma vida.
Um dia pediste-me as minhas palavras e eu só imagino a sua desilusão por ainda não terem sido lidas!

Gosto muito...



... mas mesmo muito quando sinto os amigos cá dentro

quando me sinto a abarrotar de carinho
quando os problemas ficam pequeninos e quase inexistentes apenas por os ter deitado cá para fora, apenas por os terem ouvido. E de repente ficam pequenos... pequeninos... quase inexistentes...

Ficamos com a sensação de que podemos tudo e que há coisas que não valem mesmo a pena e que há pessoas que nos enchem o mundo e fazem dele um sítio muito melhor e mais feliz para se viver.

São clichés... mas é a verdade!!!

beijo doce a toda(o)s!!!

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

E hoje...

... uma vontade enorme de fechar os olhos para tão cedo não acordar...

E hoje,

uma vontade enorme de deixar-me a chorar...

domingo, 28 de novembro de 2010

Porque...


... há amizades que valem mais do que palavras!!!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

O Natal cá em casa...


... começa cedo!

E eu gosto tantooooo!!! :D

Ouvi falar de uma casa em que logo cedo o cd das músicas natalícias começa a tocar... em que a árvore não dá para ser abraçada por dois... onde se insipra/expira Natal...

Um dia na minha casa há-de ser assim! :)

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Sandra Gosta Muito

No seguimento da moda em que todos perderam a consciência do Eu e voltam a referir-se a eles próprios na terceira pessoa!
No seguimento desta alienação da subjectividade
Eu
Euinha
De um modo bem impessoal aqui afirmo que eu, euinha pessoalmente

Sandra Gosta muito de ouvir a chave rodar na porta
Sandra Gosta muito de o ouvir entrar em casa e afagar o cão
Sandra Gosta muito (porque no Facebook não há o 'gosta ainda mais') de o sentir chegar e de sentir o seu beijo
Sandra Gosta muito de pensar que um dia vai ser sempre assim

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Da tristeza e da vontade de não estar!

Hoje estou triste
sem motivos
ou cheia deles
Mas estou triste
Daquela tristeza irada
zangada, revoltada
Da tristeza que nada quer
não quer mimos
não quer beijos
não quer abraços
Da tristeza que tudo deseja
o silêncio
o isolamento
e um bom livro a acompanhar um bom vinho tinto
Hoje estou triste e já não há nada a fazer.
vou-me deixar estar.. sossegadinha... caladinha...
só à espera que ela se vá embora e me deixe em paz.
Hoje estou triste e este é o máximo de contacto que quero com o mundo hoje!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Percebi agora...

... que tenho muitas saudades da minha mana

... que já não conversamos tanto quanto eu gostaria

... que pouco ou nada sei da vida dela e ela da minha

... que queria muito um abraço dela agora!



quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Estou a ficar Inteligente...

... e de certeza que tenho o cérebro a crescer ou não sentiria esta pressão na cabeça e estas pontadas constantes!!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Inspira... expira...

Esperneio
bato com a cabeça
finco as unhas
reviraria os olhos se conseguisse
espernearia se alguém me agarrasse
fincaria as unhas se houvesse alguém por perto
deixo-me ficar
sentada
despenteada
inspiro como quem quer todo o mundo dentro do peito
expiro como quem dá à luz um filho
seguro-me à terra
agarro-me às raízes
ouço-me a arfar
ouço o meu sangue pulsar
e sinto-me a enlouquecer
Esperneio
bato com a cabeça
finco as unhas
e fecho os olhos
inspiro como quem acabou de ter um filho dentro do peito
e expiro como quem se quer ver livre do mundo.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Intermitências das noites

Deito-me e logo começo a sonhar
não necessariamente sonhos bons
não necessariamente pesadelos
sonho muito! sempre sonhei muito!
incomoda-me. não me deixa descansar.
deito-me e logo começo a sonhar
acordo. quero mudar de sonho. aquele é um sonho mau.
volto a dormir. volto a sonhar. volto a acordar.
mudo de posição na cama. tapo-me. destapo-me. acordo. sonho. acordo.
de manhã o relógio diz que falta uma hora para me levantar e adormeço profundamente.
sem sonhos. sem mudar de posição.
o cão ladra. acordo. mudo de posição.
o cão volta a ladrar. volto a acordar. volto a mudar de posição.
saio da cama já cansada desejosa de voltar sem sonhos. sem acordar. sem um cão a ladrar.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Daqui a uns quantos km...

.... estarei de volta!


Até lá... façam o favor de serem felizes!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Arrumações

Sinto o formigueiro na ponta dos dedos
uma onda de qualquer coisa a encher-me o peito
a ânsia de vir aqui e escrever qualquer coisa
uma vontade inexplicável de deitar cá para fora
só para descobrir o que tenho cá dentro
alguma coisa que não sei
não sei o que é
que não tem nome
que não tem nada
Sinto a dor de uma palavra ainda por parir
sinto a ânsia de estar quase a partir
a vontade de começar
e o medo de não aguentar
Sinto o formigueiro dos medos e dos desejos
que são tudo formas diferentes de anseios
que são tudo formas diferentes de vida
que sou eu de forma tripartida
de forma partida
de forma dividida
Sinto o formigueiro das dúvidas
só minhas
dos medos
só meus
das vertigens das coisas pequeninas
da falta de futuro
da falta de fundo
da falta de coluna
Sinto o formigueiro pequenino de um mundo enorme em erupção
em constante alteração
em constante movimento
Sinto-me a tremer, a perder o pé, a ter falta de ar
falta-me chão
falta-me espaço
falta-me oxigénio
faltam-me as palavras
e continuo a sentir o formigueiro na ponta dos dedos
na ponta dos meus anseios
no meu mais profundo desejo
e calo as esperanças
calo os sonhos e as lembranças
E meto no mesmo saco o passado e o futuro
só para não ter que pensar muito
e deixar-me simplesmente estar.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Tenho a dizer que...

... estou com imensa fome (mesmo depois de ter bebido um iogurte liquido)
... estou farta de estar aqui
... estou feliz porque os meus coentros e a minha salsa estão a crescer a olhos vivos
... estou descansada porque o canito deixou-me dormir a noite passada
... estou ansiosa pela viagem que aí vem
... estou sempre desejosa de ir fazer mais um bocado da minha manta
... estou a começar a achar que estou velha por gostar de coisas como plantar e tricotar
... estou a pensar meter cortinados em casa de uma vez por todas
... estou a considerar mudar de trabalho
... gostava mesmo de mudar de país

E basicamente era isto que eu tinha a dizer... nada de muito importante, nada de muito filosófico, nada de muito imponente... pequenas coisas...

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Provavelmente não!

O Código-postal não é coisa que se partilhe!

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

To do List

Pôr para de trás das costas
esquecer
lembrar
fazer coisas
rir
não esquecer
fazer por não lembrar
ter calma
rir
descomplicar
esquecer
lembrar sempre
inspirar
expirar
não esquecer nunca
fazer por nunca mais lembrar
pôr para de trás das costas

terça-feira, 24 de agosto de 2010

E sabe tão bem saber...


... que não sou a única!


pedido emprestado daqui

segunda-feira, 23 de agosto de 2010



sinto-o como um pedaço de nada que se transforma aos poucos em tudo
um fio que rapidamente se transforma em novelo
algo de grandioso mas sem qualquer importância, sem textura e vazio de tudo
sinto-o a chegar aos poucos, devagar, mas sempre sem hesitar
sinto-O? sinto-A?
não sei o que é mas chega... vou olhando para a folha de papel e para o teclado do computador com um formigueiro esquisito a inundar-me as extremidades dos dedos
vou sentindo-os a afogarem-se aos poucos
temos que ter atenção, dizem-nos os placards publicitários com toda a sapiência, a morte por afogamento é silenciosa
sinto que é silenciosa demais conforme a água vai subindo e vou-me sentindo presa à minha própria respiração
conforme os meus medos e ansiedades se vão resumindo apenas à quantidade de oxigénio que tenho nos pulmões
conforme deixo levemente de pensar nisso e já nada faz muito sentido e já nada me preocupa por ir aí além...
facto curioso: conforme escrevo "preocupa" reparo que é "procura" o que de facto escrevo... Freud deve explicar (tenho uma amiga que teve há uns dias em casa dele e ele não estava... se calhar é melhor não ir agora pedir-lhe explicações)
é um fio que rapidamente se transforma em novelo
... melhor que isto não consigo explicar


Fotografia: Figure of eight knot by Nuclear Seasons
(All rights reserved)

E por vezes...

... uma vontade de louca de mandar tudo às urtigas, de deixar de falar, de deixar de ouvir, de deixar de respirar... simplesmente abrir a porta, sair e nunca mais voltar!

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Olha que isto...

... mas quando, exactamente, é que os aspiradores se tornaram bens de luxo?

É que pelo preço deles... por amor aos deuses... mas anda tudo maluco???
(ou sou só eu que estou a sentir-me cada vez mais pobre??)

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Precisava muito de...

... mudar de casa
... mudar de carro
... mudar de número de roupa (para um menor se faz favor)
... mudar de (maus) hábitos


à falta de melhor mudei a aparência do blogue...

Só para sentir que há alguma coisa que muda!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

terça-feira, 29 de junho de 2010

Não demoro nada!



Vou só ali pendurar as minhas espectativas e volto já, já!


Se não se importar



E se fosse possível era apenas isso.

Nem montanhas nem rios, nem jóias ou diamantes mas era apenas isso...
a capacidade de esquecer, a capacidade de fazer esquecer, a capacidade de apagar.
Mais até do que estar apagado.
E se fosse possível era isso...
Se faz favor claro!



terça-feira, 1 de junho de 2010

Gosto mesmo muito...

... que a minha mãe me continue a desejar um Bom dia da Criança!!!


Mas mesmo muito!!!!

terça-feira, 25 de maio de 2010

"Se devagar se vai ao longe...







... devagar te quero Perto."!






in Definição do Amor, Sérgio Godinho

quinta-feira, 20 de maio de 2010

E descobri...

... que me falta um sonho para sonhar

quarta-feira, 19 de maio de 2010

De preferência na Saúde...

Na saúde e na Doença porque percebi que quero estar ao teu lado quando mesmo só ao de leve precisas de mim
ou mesmo quando não precisas e eu quero crer que sim
Na Saúde e na Doença porque sentir a preocupação é sentir
é sentir a dor, o medo, a ansiedade
é sentir mais o abraço, dar com mais sentido o beijo, agarrar com mais força a mão
Na saúde e na doença porque sabe bem saber que posso ser só eu mas que também és tu
porque somos nós
porque se subo e tenho medo de cair
quando chamo por alguém é por ti
porque se preciso de me agarrar faço-o com a força que é minha
mas sinto que acreditas em mim e isso dá-me ainda mais força
na saúde e na doença sem motivos
sem razões
sem explicações
simplesmente porque sim!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

O cão



O meu cão é um Senhor Cão.
Meu companheiro de há oito anos que tem, durante este período, feito a minha vida quer um puro inferno quer uma maravilha.

Já me secou muitas lágrimas assim como já muitas vezes me molhou o chão da cozinha, a carpete da sala (entretanto já no lixo), o chão da varanda, you name it...
Já me fez rir às gargalhadas com as parvoíces que tenta fazer e quando as consegue de facto fazer já me levou a ataques de histeria.
Já conseguiu o mais meigo que há de mim quando se arma em fluffy puppy e já conseguiu o mais violento que há em mim quando se arma em cão que se julga gente (ou gato... depende das situações).
Já partilhei refeições com ele e ele, como forma de compensar (numa lógica um bocado invertida) já me comeu o jantar algumas vezes.
Já tomei conta dele e quase que me desfiz em lágrimas à espera que ele saísse de uma operação (altura em que foi cão que se julga vaca e tratou de comer relva como se não houvesse amanhã) assim como ele já tomou conta de mim ao lamber-me até acordar-me se estou com um ataque de tosse compulsivo, ou quando fica quieto com ar assustado (e sempre sem se aproximar) se estou com crise de ciática.
Já partilhámos a cama em noites de trovoadas (tem um medo que se pela e mal se vê o mínimo relâmpago atira-se de um só salto para o meu lado) assim como ele já me defendeu de possíveis intrusos que teimem em sair no meu andar.
Já me tratou da roupa (o que implica fugir com a mesma na boca), tenta sempre que eu siga uma dieta (tentando sempre que eu partilhe o pão com ele) e alturas houve em que se eu engordasse um pedaço me mordiscava a barriga (há anos que já desistiu disso coitado).
Foi, com os anos, ganhando previlégios lá em casa, que é afinal também a casa dele. Tem um sofázinho que é só dele, sempre que vou à dispensa ou que estou com algo na mão naturalmente deixo-o cheirar, é sempre a minha primeira preocupação quando chego a casa e até tem uma caminha ao lado da minha no quarto. Este último previlégio teve que ser retirado há uns tempos. Mas o cão que se julga gente ainda não aceitou este facto.
Ultimamente andava toda orgulhosa a pensar que ele já tinha percebido. Quando se aproximava a hora da caminha ele ficava no hall de entrada na sua caminha e lá ia eu para o quarto.
Há uns dias percebi que ele não só não aceitou o facto como é inteligente o sacaninha:
Já o dia tinha amanhecido e faltavam apenas uns minutinhos para o despertador fazer a sua função... eu estava na cama deitada de olho aberto a aproveitar os últimos momentos. Entretanto o despertador toca e vejo o meu cão a levantar-se muito devagarinho do tapete e a sair do quarto em direcção à sua caminha...
E venham-me dizer que os cães não a sabem toda...

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Rumos


Quase a ir de férias rumo a Barcelona sinto a ansiedade dos dias que se aproximam...

E de repente percebo que a ansiedade não está só ligada com a viagem de amanhã... mas também das viagens que tenho feito, de com quem as tenho feito, dos programas que vêm depois de Barcelona, de uma escalada que espero não me deixe por terra, das férias de verão já agendadas e alinhavadas, no passeio em Setembro feito entre novos amigos de quem gosto tanto... a ansiedade de perceber se vou ser ou não capaz (a constatação de que não há espaço para o 'não'! terei mesmo que ser capaz).

Parto de férias amanhã para Barcelona com uma pequena mala que não irá exceder os 10 kg mas com o peso (leve e saboroso peso) de tanto que nem sei explicar!

terça-feira, 4 de maio de 2010

Ouvido de empréstimo


Numa rádio sobre a explosão que ocorreu hoje na fábrica de pirotecnia de Canidelo:



"Com a primeira explosão fui projectado, mas projectado no bom sentido..."


E pronto!
Nada como ser optimista!!

terça-feira, 27 de abril de 2010

Sem grande vontade...

... de ter vontade de alguma coisa!

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Tiram lá a ideia daí...

Em casa da mana em dia passado em família e a tentar sacar um segredo à mana e ao cunhadinho tento fazer chantagem e digo:

"Se não me contarem eu também não vos convido para uma coisa que vamos fazer em Setembro..."

(a coisa em Setembro é uma caminhada nos Alpes, norte de Itália, na zona das Dolomites)

e ficam todos a pensar em 'casamento'....

Pensei que me (nos) conhecessem melhor....


Ora bolas....


PS: e fiquei sem saber os planos para a velhice da maninha e cunhadinho...

terça-feira, 20 de abril de 2010

O Passado

... tem imenso peso

quando vindo do nada se impõe

se faz por impôr

e tenta marcar uma posição!


Pode ser que consiga fazer como as crianças;

... que se acreditar e fechar os olhos com muita força

acabe por desaparecer

ou se limite em estar no seu lugar

e se cale de uma vez por todas.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Dualidades

E de repente uma vontade enorme de contar a tua história.
Descrever até ser mesmo penoso todos os pormenores.
Revisitar os anos, os meses, as semanas, os dias e perder-me nos minutos que, vai-se a ver e demoram apenas segundos a passar.
E de repente uma vontade de ver, de contar, de perceber.
Procurar em todos os momentos a razão e o porquê.
Descobrir o 'como', o como consegues ser tanto, tão alta, tão gigante de ti mesma. Como consegues sem saber como cativar, fazer apaixonar, fazer sorrir e ás vezes mesmo fazer chorar. Aquele chorar bom que nos aquece o coração... ou que simplesmente nos faz lembrar que ele nunca deixou de ser quente nem nunca deixou de bater... fomos nós quem nos esquecemos de o escutar. E tu consegues às vezes fazer lembrar os outros disso.
Descobrir o 'como', o como consegues ser tão menos, tão pequena, tão mesquinha, tão vil, tão desconfiada. Como consegues descer de tão alto para tão baixo. Como consegues essa estranha dualidade. Como consegues esquecer-te assim de quem és, como parece às vezes que não o sabes... que nunca o soubeste.
Descobrir o 'como', como não consegues ter meio termo e tens que ser sempre tanto, tão intensa, tão poderosa.
E de repente uma vontade de deixar-me estar. De nada escrever. De nada falar. De nada relembrar.
E deixo assim as memórias por contar, os factos por apurar, os motivos por descobrir.
E de repente uma vontade de deixar-me simplesmente estar...

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Há dias....




... em que sinto (estupidamente) a tua falta...




... e só por isso sinto-me (estupidamente) feliz!





quinta-feira, 8 de abril de 2010

Hoje estou...




... com uma vontade enorme de cozinhar!!!!



E isso deixa-me.....


... COM MEDO.... MUITO MEDO!!!!!!

terça-feira, 6 de abril de 2010

Há dias assim...


Depois de um dia de trabalho chego a casa perto das seis. Estou a estacionar o carro e o meu big boss liga-me... precisa de uns dados e pelo meio fica espantado por eu não ter internet em casa e ri-se às gargalhadas quando lhe digo que posso ir à casa da mãe para ver o que ele quer ("Ahhh tu não tens mas a tua mãe tem???? ha ha... enfim...). percebo que há urgência e desenrasco-me (palavra bÓnita esta) com outros meios.
Despacho este assunto com a mesma rapidez com que despachei a imperial fresquinha que estava à minha frente!
Chego a casa e levo o histérico à rua (aka requy... aka cão). Volto e começo a passar a ferro. Um monte de roupa depois telefona-me o meu amigo e mecânico. Desligo o ferro e lá vou eu para meter matrículas novas no carro!
Depois de ser atacada por melgas e de passar ali um pedaço onde as gargalhadas e a boa disposição marcaram o ritmo despeço-me e vou para a casa da mãe (mais uma vez enganei-me a fazer o cachecol e tive que recorrer às mãos de fada da mamica).
Dois dedos de conversa e meio depois e volto para casa com o cachecol já 'arranjado' e com uma caixa cheia de carne assada deliciosa...
Finalmente chego a casa... a tempo de ver a segunda parte do Glorioso ao mesmo tempo que acabo de passar o resto da roupa.
Roupa passada... roupa arrumada... loiça lavada... roupa estendida....
Finalmente (23h30) consigo despir a roupa e meter-me mais à vontade... para descontrair um pedaço nada como adiantar um bocado o cachecol (que está a ficar lindooooo).... meia noite e meia decido que tenho mesmo que parar e vou para a cama...
Finalmente descanso....
Deixo o corpo ir amolecendo aos poucos... quase a dormir... e o cão lembra-se que tem que passar a noite de um lado para o outro e a lamber-se como se não houvesse amanhã...
Eu até compreendo... enquanto eu estive a fazer isto tudo ele esteve a dormir...

Resumindo: Estou com sono!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

E agora

Que eu estou quase a ir de fim-de-semana tragam-me uns raios de Sol oh fax favoreee!!!! :D



Muito obrigada...

Simplicidade dos dias



Lembro-me com o mesmo cuidado e doçura com que se segura um pauzinho de algodão doce.

Agarro-me a essas memórias com o mesmo cuidado... com a mesma delicadeza, receosa de que qualquer gesto seja demais e vá alterar a estrutura dessa memória.
Lembro-me de juntas irmos buscar os lençóis velhos e de com eles construirmos na cozinha a nossa casa, com cuidado, com cadeiras a dar a altura, com pequenos bancos a servir de mobília.
Lembro-me de irmos a correr surripiar os bibelôts para decorarmos aquela nossa vivenda criada por nós. A minha mana conseguia sempre os mais giros... quatro anos de diferença reflectem-se no tamanho e tudo o que é mais valioso encontra-se sempre umas estantes acima.
Lembro-me de aninhar-mo-nos lá de baixo e deixar a imaginação correr, deixá-la criar vida, criar hipóteses, criar histórias.
Agarro-me à simplicidade desses dias. Era tudo tão fácil.
Agarro-me à sensação que ainda guardo de despreocupação e só queria que agora continuasse a ser um bocado assim... um lençol preso a uma cadeira, um banco pequeno a servir de móvel e um bibelôt partido a alegrar a vida.

terça-feira, 30 de março de 2010

Não sou sempre...

... uma boa pessoa
Por vezes julgo que não sou boa de todo.
Por vezes sinto que isso não é verdade.
Mas não sou sempre uma boa pessoa!

Costumo dizer que sou do meu tamanho
mas nem sempre esse é o tamanho ideal
nem sempre é o tamanho certo

Mas continua a ser o tamanho que é o meu.

Continuo a tentar chegar ao tamanho ideal...
continuo a lutar por me habituar ao meu
continua a lutar por ser uma pessoa melhor...

terça-feira, 9 de março de 2010

Gostava muito....



.... mas mesmo muito que o Sol não se fosse embora!

quarta-feira, 3 de março de 2010

E as minhas tulipas



... estão a crescer que nem umas lindas!!! No outro vaso 6 já estão a espreitar cá para fora ;)
Espero que quando espreitem não morram de susto ao ver de perto o naiz do cão :S


sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Negativa



Estou que não me aguento
estou mas no fundo não estou
ou a estar estou, sem dúvida, na negativa
porque
porque não me apetece falar
não me apetece ouvir
não me apetece compreender
e não me apetece rir
não me apetecem as pessoas
não me apetece os uivos descontrolados do cão
não me apetece o sol
muito menos o dia
mas nem a noite se me apresenta como apetecível
não me apetece nada e que venha a dupla negativa
só para ver se fico um bocado mais positiva...
-- 

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

caminhos de lama

É uma sensação de fome que não consegue ser saciada
de um vazio que corrói,
da carne que é estilhaçada,
das veias que acabam por explodir devido à pressão que é demasiada,
de um corpo que foi emprestado e que não serve
É uma sensação que não tem explicação
e nem quero mesmo tentar explicá-la
falar dela em detalhe é sentir as marcas na pele
é sentir as estrias que se abrem que nem novas estradas
novos túneis nas montanhas
sulcos de pés pesados deixados em caminhos de lama
E se me perguntarem se está tudo bem
respondo sem hesitações que sim
Mas ando cansada... ando só cansada

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Insólitos do dia-a-dia... ou apenas coisas banais




Quinta-feira acordo e o primeiro (e quiçá mesmo último) pensamento positivo do dia foi: "Amanhã já é sexta-feira!"

Sexta-feira: Vou a caminho da estação do comboio com um frio de rachar e vem um menino de uns 9 anitos de chapéu de chuva aberto e mascarado de bombeiro :) Sorrio-lhe pela bela fatiota e ele dá-me um sorriso enorme de contentamento e orgulho da sua fatiota! Começo o dia mais animada (e juntando ao facto de que é sexta... é muito bom!)

Durante toda a semana: o meu Facebook anda a enervar-me pois do lado direito passa a vida a dizer-me "Reconnect with 'gajinho' " "Send email to " 'gajinho' ", "Say hello to 'gajinho' " e eu tenho que esperar por Domingo para 'reconnect'.

Hoje vou ter com a mãe e estou desejosa que ela me encha de beijinhos (embora meia hora depois já esteja desejosa de a ir meter a casa)!!

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

A origem da Ontologia..


Tenho medo do escuro.
Não é ter medo de não ver.
É o medo de não me conseguir ver e assim descobrir que afinal nunca existi!





Fotografia: Between darkness and wonder by darknesswonder
(All rights reserved)

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Erros


E se eu pudesse voltar atrás?
O que faria eu de diferente?
Não fumaria o primeiro cigarro
(foi sem dúvida um erro crasso)
teria lutado por mais alegria
e usado cores mais garridas
teria usado saias curtas
desistido das cores escuras
teria tido mais cuidado
Teria viajado pelo mundo
de comboio ou de carro
teria em vez de um cão um gato
e teria todos conquistado
teria chorado os mortos
no momento mais adequado
teria enterrado os medos
e mais segura teria continuado
teria a coragem que me falta
aumentado a auto-estima
seria uma mulher mais viva
e isso era o que se pretendia...

não posso voltar atrás, e o que está feito feito está
não posso emendar os erros, não posso mudar caminhos, não posso trazer de volta sorrisos, abraços, olhares embasbacados
e é por isso que não se pode pensar que se poderia ter conquistado o mundo quando o nosso caminho não está consolidado.
A maior falta que sinto, o maior erro que cometi, a maior falha que aconteceu foi o nunca me ter permitido a apreciar o meu próprio caminho, e a fazê-lo com orgulho por ser o meu!


Fotografia: memories of the past by Adam Wicinski
(All rights reserved)