E se na repetição das horas perdermos a visão dos minutos?
sussurras-me ao ouvido o passar dos segundos?
terça-feira, 15 de abril de 2008
Ter em que acreditar...
Não consigo escrever
não me consigo já reconhecer
não consigo pensar
Sinto a impotência do passado que está lá atrás
no presente que teima em ser recente
do futuro que se mostra ausente
faz-me tremer os joelhos
faz-me hesitar com os dedos
faz-me ficar quase demente
Será que fui eu?
Terei eu morto o que me permitia continuar
terei eu acabado com o que me permitia divagar
terei sido eu a destruir o que me dava alento para sonhar?
E agora sou o quê? Suicida da minha mente?
Assassina do meu presente?
Ausente de mim?
Quero as palavras de volta
quero sonhos de onde acordar
quero me sentir de novo a viajar
Não acredito que isto possa ser o fim
não o fim de mim...
quero acreditar em princípios
em histórias cheias de tudo
quero acreditar que sim
Quero a vida colorida das histórias de crianças
quero a vontade de não abandonar
Quero-te a ti, ao outro e a quem mais vier
quero os amigos sentados à mesa
quero os jantares que nunca são de despedida
Quero a união
a luta por uma qualquer questão
questionar a vida sem ter que lutar
quero ter em que acreditar
Quero que a vontade de querer
volte lentamente ao meu Ser!
Fotografia: Rock'nroll baby by Mehmet Turgut
(Todos os Direitos reservados)
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5 comentários:
Gostava de ter sido eu a escrever este...Bjs amiga
já li 4x....brutal...
Obrigada Amigo! É por isso que as palavras nunca são só nossas...
Beijo doce
Mas para que queres tu sonhar...se tás sempre a sonhar comigo pá????
E que história é essa de me quereres a mim ao outro e a quem mais vier?...isso soa a chafurdice
Agora mais a sério: Este texto está simplesmente divinal. Muito bom mesmo!!!!Adorei-o!!!!!
Kru: Tens razão amiga! Contigo é sempre um sonho!!! :)
Gostaste mesmo??? Que bom!!!! :D :D
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