sexta-feira, 18 de abril de 2008

Nunca é tarde


"Nunca é tarde

Quando no cais só fica ancorada
A indiferença e já não resta nada
Senão as ilusões a que te agarras.

Ouve a voz inefável das guitarras
Tingindo de paixão a madrugada
No fim duma viagem povoada
Do canto indecifrável das cigarras.

Saberás então que há sempre um começo
No profano rio em que a vida arde,
E é nessa maré viva que estremeço.

Mas, ainda que saibas que nunca é tarde,
Não tardes, que sem ti eu anoiteço,
E não peças jamais ao rio que aguarde."
António Tomé

Fotografia: Low Tide by Alexander
(Todos os Direitos reservados)

1 comentário:

Anónimo disse...

Lindo...

mesmo...é isso existem rios navegavéis...

o barco ás vezes é mto pesado...

jito adorei.