Escrevia freneticamente como se isso a fosse acalmar, como se as letras desenhadas no seu teclado fossem de alguma maneira partes de um calmante.
Escrevia freneticamente como que a querer transpor para o texto a sua raiva e a falta dela, a sua tristeza e a falta dela, a sua indignação, a sua confusão, a sua complicação.
Escrevia freneticamente como se assim, se fosse rápida o suficiente, se fosse ágil, como se isso lhe trouxesse audacidade, como se isso lhe trouxesse coragem como se isso lhe trouxesse o que faltava agora à sua vida e que ainda não tinha as palavras certas para dizer o que era.
Escrevia freneticamente como se isso a deixasse deitar mãos ao pensamento e assim ter mãos neles.
Escrevia freneticamente porque não sabia outra maneira de escrever tal como não sabia outra maneira de viver.
Escrevia freneticamente na esperança que isso ajudasse a mudar as coisas, a mudar os sentimentos, a mudar tudo o que já tinha acontecido e assim mudar o rumo das coisas por vir.
Escrevia freneticamente porque queria este fluir constante de mudanças, queria as alterações, as modificações. Queria a vida diferente, ser outro tipo de gente e por vezes nem queria mesmo ser pessoa.
Escrevia freneticamente para ao mesmo tempo que ficava escrito ficar também logo tudo esquecido.
Queria não mais lembrar.
Queria não ter o que esquecer.
Fotografia: Holocaust memorial by Toko
(All rights reserved)
Escrevia freneticamente como que a querer transpor para o texto a sua raiva e a falta dela, a sua tristeza e a falta dela, a sua indignação, a sua confusão, a sua complicação.
Escrevia freneticamente como se assim, se fosse rápida o suficiente, se fosse ágil, como se isso lhe trouxesse audacidade, como se isso lhe trouxesse coragem como se isso lhe trouxesse o que faltava agora à sua vida e que ainda não tinha as palavras certas para dizer o que era.
Escrevia freneticamente como se isso a deixasse deitar mãos ao pensamento e assim ter mãos neles.
Escrevia freneticamente porque não sabia outra maneira de escrever tal como não sabia outra maneira de viver.
Escrevia freneticamente na esperança que isso ajudasse a mudar as coisas, a mudar os sentimentos, a mudar tudo o que já tinha acontecido e assim mudar o rumo das coisas por vir.
Escrevia freneticamente porque queria este fluir constante de mudanças, queria as alterações, as modificações. Queria a vida diferente, ser outro tipo de gente e por vezes nem queria mesmo ser pessoa.
Escrevia freneticamente para ao mesmo tempo que ficava escrito ficar também logo tudo esquecido.
Queria não mais lembrar.
Queria não ter o que esquecer.
Fotografia: Holocaust memorial by Toko
(All rights reserved)
6 comentários:
Mas o monumento que mostras é precisamente um testemunho que há coisas que não podem ser esquecidas, por muito más que sejam, para que não se repitam.
Vi-o em construção em Berlim ;)
Queria muito ver o seu sorriso :)
XinXin
PS: Também é reciproco .)
e escrevia freneticamente porque já fazia alguns dias que não escrevia nada e isso andava aí tudo estrangulado desertinho para sair!
Precious: Eu sei... a foto não foi uma coincidência :) E aí está mais uma das coisas que eu quero ver live :P
Dry-Martini: Muito obrigada! :) Bj
Kru: já sabes como é ;) O que tem que sair tem mesmo que sair!!!
Não o vi acabado, mas não fiquei lá muito impressionada com o que vi. Como muitos monumentos mais recentes, às vezes a intenção do artista, passa-nos um bocado ao lado.
Ohhhh... até tinha ficado com a ideia de que marcava! :S
Pena...
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