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É uma dor no peito que não tem explicação
uma sensação de solidão
Assola-me a fome dos momentos que ainda tenho para viver
a sede dos sentimentos que ainda existem para sentir
São feridas abertas pelas memórias deixadas para trás
as que tento esconder de mim ... sempre a tentar fingir
Esfaqueia-me esta forma de vida que é a minha
fere-me no mais profundo que há em mim
Faço a junção de mil quadros distantes
escolho o melhor que já vi
imagino que foi o que sempre vivi
Mas a dor é feita carne unida aos ossos
unidas sempre até à morte
e assim fico-me por aqui...
com uma dor que me assola a existência
com uma fome e uma sede que me fazem entrar na demência
que é o tentar Viver!
Fotografia: Apocalyptica VII by Mehmet Turgut
(Todos os Direitos reservados)