Dos fantasmas que nos acompanham apenas pudemos guardar deles o mais valioso a guardar.
Há que colocar os medos de lado, enfrentá-los de frente e acima de tudo não mostrar o medo.
Descobri o que sempre soube. Há demasiados fantasmas na minha vida. Demasiados mesmo. E sempre fugi deles. E quando o medo era aterrador e me petrificava limitava-me a fechar os olhos enquanto tremia de medo apenas ansiando por um abraço que me protegesse, por uma voz que me acalmasse.
Os meus fantasmas perseguem-me por muito que eu evite pensar neles. E não precisa ser de noite e eu estar na cama para vê-los. Basta estar distraída e logo me vêm os piores da estripe. Os que realmente me magoam. Os que me ferem de morte. São estes os fantasmas que eu andei uma vida a evitar e outra a acumular. Os que me acompanham nas noites frias já não me fazem grande diferença, excepto fazerem um bocado de companhia.
São os fantasmas do passado que me magoam. Magoam-me fazendo-me lembrar e magoam-me quando condicionam a minha forma de agir.
Ao longo dos anos tenho sido um bicho-do-mato, mas um bicho feroz. Que ataca muitas vezes antes de ser atacado e que assim perde a possibilidade de ser acarinhado. Que foge quando vêm atrás e que depois, quando desistem desata a correr quando é já tarde de mais. Um bicho que logo à primeira tenta afastar e que só muito dificilmente se dá. Que diz que não quer apenas para não se deixar 'tocar', para não se deixar 'amar'.
Os meus fantasmas perseguem-me e alturas houve em que era eu quem não os deixava partir.
Chegou a altura de os enfrentar, fechar o armário e começar a andar.
Dentro de mim guardo o que é bom de se guardar e uso isso para continuar a caminhar!
Fotografia: Ophelia by Zemotion
(All rights reserved)
Há que colocar os medos de lado, enfrentá-los de frente e acima de tudo não mostrar o medo.
Descobri o que sempre soube. Há demasiados fantasmas na minha vida. Demasiados mesmo. E sempre fugi deles. E quando o medo era aterrador e me petrificava limitava-me a fechar os olhos enquanto tremia de medo apenas ansiando por um abraço que me protegesse, por uma voz que me acalmasse.
Os meus fantasmas perseguem-me por muito que eu evite pensar neles. E não precisa ser de noite e eu estar na cama para vê-los. Basta estar distraída e logo me vêm os piores da estripe. Os que realmente me magoam. Os que me ferem de morte. São estes os fantasmas que eu andei uma vida a evitar e outra a acumular. Os que me acompanham nas noites frias já não me fazem grande diferença, excepto fazerem um bocado de companhia.
São os fantasmas do passado que me magoam. Magoam-me fazendo-me lembrar e magoam-me quando condicionam a minha forma de agir.
Ao longo dos anos tenho sido um bicho-do-mato, mas um bicho feroz. Que ataca muitas vezes antes de ser atacado e que assim perde a possibilidade de ser acarinhado. Que foge quando vêm atrás e que depois, quando desistem desata a correr quando é já tarde de mais. Um bicho que logo à primeira tenta afastar e que só muito dificilmente se dá. Que diz que não quer apenas para não se deixar 'tocar', para não se deixar 'amar'.
Os meus fantasmas perseguem-me e alturas houve em que era eu quem não os deixava partir.
Chegou a altura de os enfrentar, fechar o armário e começar a andar.
Dentro de mim guardo o que é bom de se guardar e uso isso para continuar a caminhar!
Fotografia: Ophelia by Zemotion
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