Tentou em vão agarrar... mal lhe tocou. Mal a sentiu.
Veio-lhe logo à cabeça as imagens dos filmes de Hollywood. Belas histórias de amor e de guerra onde quando tudo se julgava perdido há uma mão que se consegue agarrar. Há um toque que consegue fazer a diferença. Há uma ideia luminosa que a todos consegue salvar.
Ficou especado no meio da rua. De repente sentiu-se candeeiro. Semáforo. Sinal de trânsito. Sentiu-se enraizado no alcatrão. Sentiu-se parte das riscas da passadeira... sentiu-se pisado, ultrapassado, ignorado.
Tentou em vão agarrar e ali ficou de mão estendida com o olhar preso num lugar qualquer do longínquo vazio. Não conseguia apagar da sua mente as imagens tantas vezes repetidas em filmes e a sensação de impotência porque nem um toque houvera. Não conseguia apagar do corpo a sensação de quase sucesso. Não, não lhe tocara... quanto mais agarrá-la.
Deixou-se ficar parado.
Passaram as pessoas que mais tarde voltaram a passar em sentido contrário. Passaram os carros, primeiro apressados depois de luzes acesas e já mais cansados. Passaram os cães presos pelos donos e por todos ignorados. Passaram as crianças felizes de estarem de novo com os pais e os pais já cansados de estarem novamente com as crianças. Passaram as horas mas não passou a sensação de ter falhado. Não a conseguiu agarrar. Nem a conseguiu tocar.
Recomeçou a andar mas sem conseguir evitar olhar de novo para trás... não a viu.
Resignado aceitou que tinha deixado a sua Esperança escapar!
Veio-lhe logo à cabeça as imagens dos filmes de Hollywood. Belas histórias de amor e de guerra onde quando tudo se julgava perdido há uma mão que se consegue agarrar. Há um toque que consegue fazer a diferença. Há uma ideia luminosa que a todos consegue salvar.
Ficou especado no meio da rua. De repente sentiu-se candeeiro. Semáforo. Sinal de trânsito. Sentiu-se enraizado no alcatrão. Sentiu-se parte das riscas da passadeira... sentiu-se pisado, ultrapassado, ignorado.
Tentou em vão agarrar e ali ficou de mão estendida com o olhar preso num lugar qualquer do longínquo vazio. Não conseguia apagar da sua mente as imagens tantas vezes repetidas em filmes e a sensação de impotência porque nem um toque houvera. Não conseguia apagar do corpo a sensação de quase sucesso. Não, não lhe tocara... quanto mais agarrá-la.
Deixou-se ficar parado.
Passaram as pessoas que mais tarde voltaram a passar em sentido contrário. Passaram os carros, primeiro apressados depois de luzes acesas e já mais cansados. Passaram os cães presos pelos donos e por todos ignorados. Passaram as crianças felizes de estarem de novo com os pais e os pais já cansados de estarem novamente com as crianças. Passaram as horas mas não passou a sensação de ter falhado. Não a conseguiu agarrar. Nem a conseguiu tocar.
Recomeçou a andar mas sem conseguir evitar olhar de novo para trás... não a viu.
Resignado aceitou que tinha deixado a sua Esperança escapar!
Fotografia: Walking down the street by Blindbird
(All rights reserved)
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