Enchi-me de coragem e peguei no aspirador e logo se seguida no balde e na esfregona. Quando algo me atormenta vingo-me na casa e ela até que agradece.
Aspirei o sofá e a colcha da cama para apagar os vestígios de um cão que tem teimado em dormir mais quentinho. Não o culpo. Eu até agradeço a companhia (e o calor) dele.
Tomo um duche rápido e saio decidida para uma noite gélida. Destino: a aula de yoga que me espera para me acalmar as inquietações e descontrair o corpo.
Saio a meio porque o corpo reclama com dores e quando chego a casa percebo que não é apenas o corpo. Sinto-me incapaz por nem numa aula de yoga conseguir aliviar os medos e as tormentas.
Cheia de frio coloco o arroz no micro-ondas apenas para descobrir que já está azedo. Pego na carne que para lá caminha e acabo mesmo por me contentar com um hambúrguer grelhado perdido algures no meu congelador.
Quase que me deixo adormecer no sofá enquanto vejo umas tatuagens a serem feitas num qualquer programa da televisão.
Chego ao quarto e refilo com o aquecedor que não cumpriu a sua função. Adormeço de aquecedor ligado e cheia de frio.
Acordo com o mesmo humor e com o mesmo frio.
O corpo reclama por um descanso que nem sequer merece, mas que mesmo assim não deixa de o reclamar.
Acordo a desejar que fosse novamente noite só para poder voltar a dormir...
Aspirei o sofá e a colcha da cama para apagar os vestígios de um cão que tem teimado em dormir mais quentinho. Não o culpo. Eu até agradeço a companhia (e o calor) dele.
Tomo um duche rápido e saio decidida para uma noite gélida. Destino: a aula de yoga que me espera para me acalmar as inquietações e descontrair o corpo.
Saio a meio porque o corpo reclama com dores e quando chego a casa percebo que não é apenas o corpo. Sinto-me incapaz por nem numa aula de yoga conseguir aliviar os medos e as tormentas.
Cheia de frio coloco o arroz no micro-ondas apenas para descobrir que já está azedo. Pego na carne que para lá caminha e acabo mesmo por me contentar com um hambúrguer grelhado perdido algures no meu congelador.
Quase que me deixo adormecer no sofá enquanto vejo umas tatuagens a serem feitas num qualquer programa da televisão.
Chego ao quarto e refilo com o aquecedor que não cumpriu a sua função. Adormeço de aquecedor ligado e cheia de frio.
Acordo com o mesmo humor e com o mesmo frio.
O corpo reclama por um descanso que nem sequer merece, mas que mesmo assim não deixa de o reclamar.
Acordo a desejar que fosse novamente noite só para poder voltar a dormir...
Fotografia: Sadness2 by Lidia Estrada
(All rights reserved)
8 comentários:
Este tempo também me tem deitado abaixo, estou farta do frio.
Empresta-me a tua vaca para me aquecer os pés à noite? ;)
Minha amiga... é Toda tua!!!! :D
Qdo o posso ir buscar? ;)
AGORA!!!! Eu tiro o dia de férias :P
É pá, agora não me dá jeito. Pode ser antes no fim-de-semana? ;)
Pois, há alturas assim: onde os dias são à noite e as noites são de dia. Onde a luz fere e os olhos pedem descanso.
Que viajes nesse sono fecundo e regresses mais quente. Mais tua. Mais sorridente .)
XinXin
Gostei muito deste post.
Morfose: Muito obrigada! :)
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