Sempre se despedia quando chegava a altura de mudar.
Despedia-se dos locais e das paisagens, dos caminhos trilhados, dos trilhos desbravados e guardava esses momentos de despedida como memórias do passado.
Despedia-se dos locais, das coisas e das acções... mas nunca das pessoas.
Despedia-se do riacho onde amiúde saciava a sede (mas sempre de olhos fechados! Não que receasse apaixonar-se pelo seu reflexo como se julga que diz o mito, mas porque não queria correr o risco de se reencontrar!), despedia-se do sino da igreja que fora substituído por um imóvel altifalante de barulho estridente e metalizado. Guardava na memória as horas que passara à espera que fosse o sino a dar as horas, mesmo que apenas embalado pelo vento.
Despedia-se do café onde vira as horas passar, não das pessoas... nunca das pessoas, mas da mesa onde se sentava (sempre a mesma, que o Homem é um animal de hábitos e há forças contra as quais é escusado lutar!), da cadeira que ocupava e que lhe suportava o peso quando até para ele era peso a mais para aguentar.
Despedia-se do riso das crianças e das suas brincadeiras (mas nunca das crianças!) que pareciam ficar loucas quando tocava para o intervalo. Despedia-se do cheiro do pão com manteiga e do leite com chocolate que era devorado no intervalo de jogos desenhados a giz no chão (o giz que habilmente surripiavam nas contas da Professora).
Despedia-se das pedras da calçada que em tempos idos foram calcadas por homens suados do calor dos dias e que tantas vezes tinham por ele sido calcorreadas.
Despedia-se para poder continuar a andar por caminhos errantes que nunca sentiu serem os errados.
Em cada novo lugar tornava-se aprendiz de um novo ofício e aluno atento dos novos hábitos a adoptar, dos novos risos a escutar, dos novos sinos a soar.
Soube desde sempre que era nesta errância que se encontrava o seu constante despertar.
Nunca foi uma questão de se redescobrir mas sempre a intenção de se reinventar.
E por cada riacho que passava parava sempre para se refrescar.
Sempre de olhos fechados...
Afinal o Homem é um animal de hábitos e há forças contra as quais não vale mesmo a pena lutar!
Despedia-se dos locais e das paisagens, dos caminhos trilhados, dos trilhos desbravados e guardava esses momentos de despedida como memórias do passado.
Despedia-se dos locais, das coisas e das acções... mas nunca das pessoas.
Despedia-se do riacho onde amiúde saciava a sede (mas sempre de olhos fechados! Não que receasse apaixonar-se pelo seu reflexo como se julga que diz o mito, mas porque não queria correr o risco de se reencontrar!), despedia-se do sino da igreja que fora substituído por um imóvel altifalante de barulho estridente e metalizado. Guardava na memória as horas que passara à espera que fosse o sino a dar as horas, mesmo que apenas embalado pelo vento.
Despedia-se do café onde vira as horas passar, não das pessoas... nunca das pessoas, mas da mesa onde se sentava (sempre a mesma, que o Homem é um animal de hábitos e há forças contra as quais é escusado lutar!), da cadeira que ocupava e que lhe suportava o peso quando até para ele era peso a mais para aguentar.
Despedia-se do riso das crianças e das suas brincadeiras (mas nunca das crianças!) que pareciam ficar loucas quando tocava para o intervalo. Despedia-se do cheiro do pão com manteiga e do leite com chocolate que era devorado no intervalo de jogos desenhados a giz no chão (o giz que habilmente surripiavam nas contas da Professora).
Despedia-se das pedras da calçada que em tempos idos foram calcadas por homens suados do calor dos dias e que tantas vezes tinham por ele sido calcorreadas.
Despedia-se para poder continuar a andar por caminhos errantes que nunca sentiu serem os errados.
Em cada novo lugar tornava-se aprendiz de um novo ofício e aluno atento dos novos hábitos a adoptar, dos novos risos a escutar, dos novos sinos a soar.
Soube desde sempre que era nesta errância que se encontrava o seu constante despertar.
Nunca foi uma questão de se redescobrir mas sempre a intenção de se reinventar.
E por cada riacho que passava parava sempre para se refrescar.
Sempre de olhos fechados...
Afinal o Homem é um animal de hábitos e há forças contra as quais não vale mesmo a pena lutar!
Imagem: Narciso d'amore intermedio by Nuvola
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