Cansa-me a espera dos momentos inadiáveis
a fluidez dos momentos que me fogem
Cansa-me o ter as mãos cheias de nada
e nos braços as marcas dos abraços que ainda me doem
Cansa-me a dor das alegrias passadas
e o eterno passar das marcas
Cansam-me os olhares de soslaio
e ao mesmo tempo quero-os em mim centrados
Cansa-me a vida e a morte
e o desejar a todos mais sorte
Cansam-me os cafés e as pessoas
e a repetição eterna das horas
Cansam-me os relógios e os ócios
e por vezes só me apetece mesmo fechar os olhos
Cansa-me este perpétuo cansaço
e só anseio pelo teu regaço
Anseio pela vida plenamente vivida
pela tristeza transformada em alegria
Anseio pelas paredes que caem
e por campos verdes que à minha frente se abrem
Anseio pelo respirar profundo
por sair do fundo
Anseio pelas palavras
por novas estradas
e por novos caminhos
Anseio por uma nova poesia
por uma nova escrita
por novas ideologias
Anseio por ti e por mim
por tudo o que nunca terá fim
Anseio pela ânsia de ansiar
por uma humanidade que há-de vingar
por alguém que possa compreender
Cansa-me esta ânsia que me assola
mas é este o cansaço que me consola
e por isso deixo-me ficar assim...
Fotografia: Dream about falling down by bucz
(All rights reserved)
Esta é uma repetição de um texto meu já publicado em Setembro de 2008.
As palavras continuam a fugir-me e sinto-me incapaz de deixar as palavras virem até mim.
Por vezes não são apenas as coisas e as pessoas que não nos chegam... por vezes somos nós que as afastamos, que impedimos a sua aproximação.
Não querendo parecer convencida, não querendo roçar o pedantismo, tenho que admitir que gosto imenso deste texto. Posso dizer que é com orgulho que digo que é meu, que me pertence, que fui eu quem o escrevi, que foi de mim que veio, de dentro de mim! Há textos assim...
E como há um cansaço que me assola, como há a dúvida iminente, como não consigo encontrar respostas para as perguntas que teimam em não sair da minha cabeça e como este cansaço me consola decidi re-editar este post!
Perdoem-me a repetição.
Perdoem-me a falta de novas palavras.
perdoem-me a ausência.
As palavras continuam a fugir-me e sinto-me incapaz de deixar as palavras virem até mim.
Por vezes não são apenas as coisas e as pessoas que não nos chegam... por vezes somos nós que as afastamos, que impedimos a sua aproximação.
Não querendo parecer convencida, não querendo roçar o pedantismo, tenho que admitir que gosto imenso deste texto. Posso dizer que é com orgulho que digo que é meu, que me pertence, que fui eu quem o escrevi, que foi de mim que veio, de dentro de mim! Há textos assim...
E como há um cansaço que me assola, como há a dúvida iminente, como não consigo encontrar respostas para as perguntas que teimam em não sair da minha cabeça e como este cansaço me consola decidi re-editar este post!
Perdoem-me a repetição.
Perdoem-me a falta de novas palavras.
perdoem-me a ausência.
1 comentário:
mais uma vez,adorei e lindo cheio de emocao.escreve um livro porque nao?tens mais talento que muitos cromos por ai.jinhos
Enviar um comentário