E se na repetição das horas perdermos a visão dos minutos?
sussurras-me ao ouvido o passar dos segundos?
sexta-feira, 29 de maio de 2009
As merecidas férias
Vou
vou sabendo que levo comigo a vontade de aproveitar
a vontade de os olhos fechar
a vontade de não ficar aqui
a vontade de fugir
Vou
Vou sabendo que me vai fazer bem
sabendo que me faz falta
sabendo que é a necessidade de partir que mais alto fala
Vou
vou e levo comigo o peso mais leve de carregar
as memórias que quero guardar
apenas o que quero aproveitar
Vou mas prometo levar comigo a vontade de regressar!
Fotografia: Ophelia II by Zhang Jingna
(All rights reserved)
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Constatações
Título de um post num blog:
"Há pessoas que nos invejam as coisas boas"
Faz todo o sentido!
Eu pessoalmente não me imagino a invejar as coisas más!
Manias!
Conclusões interessantes
Chego agora à conclusão que há imensos namoros modernos!
Mesmo muito à frente!
Vanguardistas quase que diria.
Namoros Twitter: Relações Com 140 caracteres!
(Obviamente não trocados no mesmo dia! Que isso é um bocado antiquado!)
sexta-feira, 22 de maio de 2009
I'm here!
Conversámos como há muito não o fazíamos. Tinha saudades das nossas conversas. Saudades das private jokes, dos olhares de soslaio. Saudades de esta capacidade que ambos possuímos de sofrer na pele a pele do outro.
Não... não me enganei... não é de sentir a sua dor, é mesmo de sentir a sua pele, de nos sentirmos dentro dos sapatos do outro, de estarmos por dentro, de olharmos através dos seus olhos.
Conversámos como há muito não o fazíamos. E se não o fizemos mais foi porque o tempo não o deixou, a vida não o deixou, as pessoas não o deixaram. Ambos sabemos que foram as pessoas e as circunstâncias...
Conversámos como há muito não o fazíamos e disseste-me o que há muito esperava que me dissesses. O tempo mais uma vez a tomar para si o papel principal, a querer ser o protagonista. Ele decidiu o quando quando vocês já tinham decidido o como.
Conversámos como há muito não o fazíamos... e ainda bem que o fizemos.
Tu precisavas de quem te ouvisse.
Eu precisava de te voltar a ouvir.
Não... não me enganei... não é de sentir a sua dor, é mesmo de sentir a sua pele, de nos sentirmos dentro dos sapatos do outro, de estarmos por dentro, de olharmos através dos seus olhos.
Conversámos como há muito não o fazíamos. E se não o fizemos mais foi porque o tempo não o deixou, a vida não o deixou, as pessoas não o deixaram. Ambos sabemos que foram as pessoas e as circunstâncias...
Conversámos como há muito não o fazíamos e disseste-me o que há muito esperava que me dissesses. O tempo mais uma vez a tomar para si o papel principal, a querer ser o protagonista. Ele decidiu o quando quando vocês já tinham decidido o como.
Conversámos como há muito não o fazíamos... e ainda bem que o fizemos.
Tu precisavas de quem te ouvisse.
Eu precisava de te voltar a ouvir.
Fotografia: friends by Mejjad
(All rights reserved)
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Cansa-me esta ânsia...
Cansa-me a espera dos momentos inadiáveis
a fluidez dos momentos que me fogem
Cansa-me o ter as mãos cheias de nada
e nos braços as marcas dos abraços que ainda me doem
Cansa-me a dor das alegrias passadas
e o eterno passar das marcas
Cansam-me os olhares de soslaio
e ao mesmo tempo quero-os em mim centrados
Cansa-me a vida e a morte
e o desejar a todos mais sorte
Cansam-me os cafés e as pessoas
e a repetição eterna das horas
Cansam-me os relógios e os ócios
e por vezes só me apetece mesmo fechar os olhos
Cansa-me este perpétuo cansaço
e só anseio pelo teu regaço
Anseio pela vida plenamente vivida
pela tristeza transformada em alegria
Anseio pelas paredes que caem
e por campos verdes que à minha frente se abrem
Anseio pelo respirar profundo
por sair do fundo
Anseio pelas palavras
por novas estradas
e por novos caminhos
Anseio por uma nova poesia
por uma nova escrita
por novas ideologias
Anseio por ti e por mim
por tudo o que nunca terá fim
Anseio pela ânsia de ansiar
por uma humanidade que há-de vingar
por alguém que possa compreender
Cansa-me esta ânsia que me assola
mas é este o cansaço que me consola
e por isso deixo-me ficar assim...
Fotografia: Dream about falling down by bucz
(All rights reserved)
Esta é uma repetição de um texto meu já publicado em Setembro de 2008.
As palavras continuam a fugir-me e sinto-me incapaz de deixar as palavras virem até mim.
Por vezes não são apenas as coisas e as pessoas que não nos chegam... por vezes somos nós que as afastamos, que impedimos a sua aproximação.
Não querendo parecer convencida, não querendo roçar o pedantismo, tenho que admitir que gosto imenso deste texto. Posso dizer que é com orgulho que digo que é meu, que me pertence, que fui eu quem o escrevi, que foi de mim que veio, de dentro de mim! Há textos assim...
E como há um cansaço que me assola, como há a dúvida iminente, como não consigo encontrar respostas para as perguntas que teimam em não sair da minha cabeça e como este cansaço me consola decidi re-editar este post!
Perdoem-me a repetição.
Perdoem-me a falta de novas palavras.
perdoem-me a ausência.
As palavras continuam a fugir-me e sinto-me incapaz de deixar as palavras virem até mim.
Por vezes não são apenas as coisas e as pessoas que não nos chegam... por vezes somos nós que as afastamos, que impedimos a sua aproximação.
Não querendo parecer convencida, não querendo roçar o pedantismo, tenho que admitir que gosto imenso deste texto. Posso dizer que é com orgulho que digo que é meu, que me pertence, que fui eu quem o escrevi, que foi de mim que veio, de dentro de mim! Há textos assim...
E como há um cansaço que me assola, como há a dúvida iminente, como não consigo encontrar respostas para as perguntas que teimam em não sair da minha cabeça e como este cansaço me consola decidi re-editar este post!
Perdoem-me a repetição.
Perdoem-me a falta de novas palavras.
perdoem-me a ausência.
quarta-feira, 20 de maio de 2009
E por vezes consegue ser tudo
"A memória em si não é nada. Não é bonita nem feia, nem útil nem inútil. Ia a dizer que era o que se quiser, mas nem isso. É uma maneira de dar sentido ao que se vive. É uma coisa que fazemos. Em nome do que trazemos na alma, e por causa do amor, faz sentido fazê-la o melhor que podemos. Agora há alguém que seja capaz de me explicar porque é que eu não sou capaz de me lembrar da cara do meu Amor? A memória é uma coisa que não lembra ao diabo."
in Miguel Esteves Cardoso, "A Aventura da Memória"Fotografia: don't by Marcin Janocha
(All rights reserved)
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terça-feira, 19 de maio de 2009
Ou isso ou são mesmo saudades!
Deve ser isto o efeito placebo
porque sei que estás a levantar voo
estou já desejosa que voltes a aterrar...
porque sei que estás a levantar voo
estou já desejosa que voltes a aterrar...
Fotografia: succ. by galia
(All rights reserved)
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Só isso...
Não tenho muito a pedir
é um desejo até bastante fácil de contemplar
vem assim de mansinho
Agarra-me
e depois deixa-te estar...
Fotografia: Three breath IV by Solak11
(All rights reserved)
sexta-feira, 15 de maio de 2009
Procura-se
Procura-se
As palavras mortas e as vivas
as palavras feias e as bonitas
palavras incompletas
palavras separadas por ífens
palavras à completas e infinitas
Procura-se
As palavras seguidas de outras
as palavras tristes e as risonhas
palavras que me façam sonhar
e que vos façam querer adivinhar
o que me faz vibrar
Procura-se
As palavras que formam textos
as palavras que formam um contexto
e que assim vos façam sorrir
e se for preciso até chorar
Procura-se
As palavras que me fazem querer continuar
Procura-se
... não deixem de procurar!
quinta-feira, 14 de maio de 2009
quarta-feira, 6 de maio de 2009
Quando eu for grande
"Quando eu for grande..." é uma frase comum entre as crianças.
O Grande sendo sinónimo de adulto, de responsável, de poder, de poder ser o que se quiser, de poder quebrar as regras porque as fizemos.
Quando era 'pequena' também eu queria ser grande! Queria ser mais.
Queria ser Algo mais do que eu. E se Grande é o antónimo de Pequena a mim a frase servia-me como uma luva!
Hoje dou por mim a continuar desejar alguma coisa e a pensar "Quando eu for grande...". Não é que seja pequena e tenho quase a certeza que já não hei-de passar do meu metro e setenta. Mas sou do tamanho que sou e parece-me que é sempre um tamanho pequeno.
Se imaginasse, em pequena, que quando fosse grande seria isto acho que não iria pensar naquela frase tantas vezes.
Hoje sei que sou grande pelas responsabilidades, pelas contas que chegam no meu nome, pelas compras que tenho que ser eu a fazer, pela casa que tenho de ser eu a arrumar.
Hoje sei que sou pequena quando em certas situações me sinto a minguar, me sinto a diminuir, me sinto menos.
No fundo só desejo que quando for grande consiga sentir-me do tamanho que sou!
O Grande sendo sinónimo de adulto, de responsável, de poder, de poder ser o que se quiser, de poder quebrar as regras porque as fizemos.
Quando era 'pequena' também eu queria ser grande! Queria ser mais.
Queria ser Algo mais do que eu. E se Grande é o antónimo de Pequena a mim a frase servia-me como uma luva!
Hoje dou por mim a continuar desejar alguma coisa e a pensar "Quando eu for grande...". Não é que seja pequena e tenho quase a certeza que já não hei-de passar do meu metro e setenta. Mas sou do tamanho que sou e parece-me que é sempre um tamanho pequeno.
Se imaginasse, em pequena, que quando fosse grande seria isto acho que não iria pensar naquela frase tantas vezes.
Hoje sei que sou grande pelas responsabilidades, pelas contas que chegam no meu nome, pelas compras que tenho que ser eu a fazer, pela casa que tenho de ser eu a arrumar.
Hoje sei que sou pequena quando em certas situações me sinto a minguar, me sinto a diminuir, me sinto menos.
No fundo só desejo que quando for grande consiga sentir-me do tamanho que sou!
Imagem: Music for two by Yuri Bonder
(All rights reserved)
terça-feira, 5 de maio de 2009
And we're back!
Pois é! Na foto são eles! A jogar à bola (ou o Requy a fugir com ela) mas são eles!
Os meus piores receios (ou desejos) não se concretizaram! O Requy portou-se como um Senhor Cão e nunca saiu de ao pé de nós, estando sempre pronto para apanhar uma bola, um osso ou uma entremeada!
Saltou muros, ladrou a um carro que passava no outro monte em frente e chegou mesmo a tomar banho na barragem!
Lançou-se de corpo inteiro em busca dos paus que lhe atiravam e trazia-os de volta muito cheio de si próprio (depois estilhaçava-os todos para que não lhos voltassem a atirar mas isso são pormenores).
Dormiu aos nossos pés, debaixo da mesa, ao pé da lareira, à porta de casa.
Acho que o Requy descobriu o que é o Paraíso e usufruiu dele ao máximo!
Da minha parte só posso mesmo dizer que adorei o sítio e gostei imenso do ambiente e das pessoas. Não foi tão stressante quanto pensei que pudesse vir a ser e foi muito mais agradável do que alguma vez poderia ter desejado!
Voltámos os três cansados mas sem dúvida um bocadinho mais felizes!
Os meus piores receios (ou desejos) não se concretizaram! O Requy portou-se como um Senhor Cão e nunca saiu de ao pé de nós, estando sempre pronto para apanhar uma bola, um osso ou uma entremeada!
Saltou muros, ladrou a um carro que passava no outro monte em frente e chegou mesmo a tomar banho na barragem!
Lançou-se de corpo inteiro em busca dos paus que lhe atiravam e trazia-os de volta muito cheio de si próprio (depois estilhaçava-os todos para que não lhos voltassem a atirar mas isso são pormenores).
Dormiu aos nossos pés, debaixo da mesa, ao pé da lareira, à porta de casa.
Acho que o Requy descobriu o que é o Paraíso e usufruiu dele ao máximo!
Da minha parte só posso mesmo dizer que adorei o sítio e gostei imenso do ambiente e das pessoas. Não foi tão stressante quanto pensei que pudesse vir a ser e foi muito mais agradável do que alguma vez poderia ter desejado!
Voltámos os três cansados mas sem dúvida um bocadinho mais felizes!
Fotografia de M.V.
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