Falha-te o pé e tens o precipício à tua frente
o vazio do espaço que se perde e que não deixa que te agarres
os teus dedos a sentirem o ar que por eles passa
teclas de um piano invisíveis, sem som
deixas o mundo
no mundo a tua marca
indelével
inigualável
e nós ficamos
parados
calados
estupefactos
e perguntamos
Porquê
repetimos a pergunta até à loucura
perdemos já o limiar
perdemos já a noção do razoável
do bom sentido
O que há de razoável numa vida assim?
Qual é a ordem, a justificação
O que responder quando vozes pequenas perguntarem o porquê
quando lágrimas grandes se agarrarem a memórias
memórias privadas
que não saíram em cd
que cada um de nós não irá tocar
não irá ouvir
O que há de razoável no caos
qual é a justificação
morre-se e é isso? e ficamos assim?
farta de mortes sem sentido
de quedas no precipício
de ver que nada faz sentido
E um dia falha-nos o pé
e caímos
e depois nada a dizer
apenas
o Fim!
o vazio do espaço que se perde e que não deixa que te agarres
os teus dedos a sentirem o ar que por eles passa
teclas de um piano invisíveis, sem som
deixas o mundo
no mundo a tua marca
indelével
inigualável
e nós ficamos
parados
calados
estupefactos
e perguntamos
Porquê
repetimos a pergunta até à loucura
perdemos já o limiar
perdemos já a noção do razoável
do bom sentido
O que há de razoável numa vida assim?
Qual é a ordem, a justificação
O que responder quando vozes pequenas perguntarem o porquê
quando lágrimas grandes se agarrarem a memórias
memórias privadas
que não saíram em cd
que cada um de nós não irá tocar
não irá ouvir
O que há de razoável no caos
qual é a justificação
morre-se e é isso? e ficamos assim?
farta de mortes sem sentido
de quedas no precipício
de ver que nada faz sentido
E um dia falha-nos o pé
e caímos
e depois nada a dizer
apenas
o Fim!