sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Lágrimas

"Como é bom o choro, as lágrimas do choro têm uma motriz que nenhum rio tem - arrancam, levam, conduzem os sedimentos, pousam-nos nos locais exactos, colocam-nos nas margens da consciência, no pegos da memória, criam sebes, conduzem o caudal para sítios que as lágrimas querem, que as lágrimas sabem."


in, Lídia Jorge, A Costa dos murmúrios

Acredito que seja por isto que por vezes nos faça falta chorar, convulsamente, sem motivo aparente. Chorar por chorar. Rios de lágrimas com a força de marés, com a vontade de mil homens, com a força indízivel e impenetrável daquilo que ainda não foi inventado nem foi detido. Lágrimas que ajudam a lavar a memória, a erguer novas protecções, a originar novas orientações.

Acredito que seja por isto...


Voltar ou não voltar...

Quando regressei de viagem, e em conversa com amigo, ele estava a comentar comigo que o pior de ir viajar era ter que voltar.
Eu, sempre pronta a ajudá-lo, corrigi-o logo: Não C., o melhor de partir é chegar! É assim, mais ou menos, que se diz.
Mas não, ele estava mesmo a querer dizer o que disse. Quando ele viaja o que lhe custa é voltar. E por momentos fiquei um bocado triste pelo meu amigo, porque para mim o melhor da partida é mesmo a chegada e isso é bom, é ter para quem e para o que voltar. Estou fora mas tenho aquela saudade, que nem uma moínha, da minha casa, dos meus amigos, da minha família, dos meus amores. Saudades da minha vida.
É bom partir, é bom viajar, é bom e nunca cansa conhecer novas pessoas, novos sítios, novas culturas... mas para mim o melhor da viagem é mesmo a chegada!

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Vou...



... só ali até à Suécia e venho já, sim?

Então pronto... ficamos assim!! :)